Ilha do Maio – Um tesouro de Cabo Verde

A ilha de Maio foi descoberta em 1460 e o seu povoamento só ocorreu no final do século XVI, depois do território ter sido utilizado para a criação de gado, especialmente caprino. O povoamento da ilha surgiu em consequência da exploração do sal, que era exportado, por exemplo, para o Brasil, actividade que se manteve até ao século XIX. Paralelamente manteve-se a agricultura e ao pastoreio. No entanto, no século XX, devido às constantes situações de seca, muitos habitantes de maio deixaram a ilha.

Entretanto, para ajudar ao desenvolvimento económica foram criadas diversas cooperativas destinadas a fazer progredir a cerâmica artesanal.

Nossa Senhora da Luz


A maior localidade da ilha de Maio é a Cidade do Porto (por lá aportar no passado inúmeros barcos ingleses), que tem cerca de 1500 habitantes. Porto Inglês é a sede da ilha (que só tem uma freguesia – Nossa Senhora da Luz) e conheceu tempos de prosperidade quando os ingleses exportavam o sal da ilha para a Europa a partir daquele porto. Junto à vila existe um forte, construído no século XVIII para defender a ilha dos ataques de piratas.

Apesar de ser uma das ilhas mais áridas tem o maior perímetro florestal de Cabo Verde, uma mancha de 3500 hectares, composta essencialmente por acácias, fruto de um plano de reflorestamento. Fica junto a Calheta, uma povoação que vive da pesca e que é a segunda maior localidade da ilha.

Dunas da Ilha do Maio

A parte norte da ilha está bastante desertificada devido a acção erosiva dos ventos fortes de noroeste, provenientes do mar. A ilha de maio caracteriza-se ainda pelas suas longas praias de areia fina.

Segundo reza a história, em 1642 já contava com algumas almas vivas talvez algumas pessoas que se dedicavam a pastagem de animais e outros afazeres. Dizem que foi descoberta em 1460, mas há uma outra versão que diz nos anos de 1446 foi visitado pelos navegadores chamados António Da Noli, Vicente de Lagos e Luís de Cadamosto.

Seja como for, a ilha do Maio, é uma das mais belas e pobres das ilhas de Cabo Verde, com promissoras boas condições turísticas naturais, e não se compreende porque ela continua ainda quase dormindo o sono colonial, esperando pacientemente por um desenvolvimento, que poderá melhorar o nível de vida dos Maienses e engrandecer mais a nação Cabo-verdiana.

No princípio da sua descoberta, ela foi muito cobiçada pelos colonizadores e traficantes por sua enorme produção natural de sal, que nos tempos de então era considerada muito lucrativa, mas infelizmente pouco beneficiou as suas gentes e a ilha.

Maio sempre teve influências de outras nacionalidades, como os Ingleses, Americanos, etc, e naturalmente os Portugueses.

Da diáspora, os Maienses contribuem e participem grandemente para a melhoria da ilha, enviando remessas monetárias ou víveres / mercadorias para o sustentamento económico da população e da ilha.

Tradicionalmente uma boa parte da Ilha do Maio tem servido como habitat para criação de gados. Houve período da sua história que a criação de animais era considerado muito lucrativa para os exploradores ou colonizadores, que abasteciam e comercializavam esses produtos, tais como carnes, peles, e outros derivados que na época eram indispensáveis.

Na actualidade, ainda pode se ver algumas criações de gados, mas infelizmente, os donos ou criadores poucos incentivados de como tirar proveito dessa indústria, que poderá ser rentável, considerando as necessidades do mercado interno ou externo ainda continuam num status-quo, e esperando sempre para melhor.

A produção de carne, leite, ou produtos lacticínios e derivados, quando bem estruturados e comercializados podem significativamente melhorar o nível económico de vida do indivíduo ou da comunidade. Deve se considerar de como incentivar e reactivar lucrativamente esse business ou negócio com métodos modernos hoje existentes, e disponível na maioria dos países.

Fonte: https://municipiodomaio.cv

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