As ruas de Mindelo, na ilha de São Vicente, norte de Cabo Verde, ganham vida e arte nas vésperas da “Quarta-feira de Cinzas”. São Vicente, é uma das 10 ilhas de Cabo Verde, mais conhecida como ilha de Monte Cara.
A segunda maior ilha do país em termos de população, passou de uma ilha praticamente desabitada até meados do século 19, para se tornar uma potência cultural que atrai milhares de visitantes ao país a cada ano e, o carnaval, embora celebrado em quase todas as ilhas de Cabo Verde, este em S.Vicente,é o epítome das celebrações carnavalescas no arquipélago.
Oficialmente, o carnaval em Mindelo, São Vicente, dura uma semana, mas a febre do carnaval começa no início do ano anterior. Para as festividades carnavalescas são esperados milhares de visitantes incluindo visitantes de todas as outras 9 ilhas de Cabo Verde, além de visitantes e imprensa internacionais.
O “Carnaval de São Vicente 2020” é organizado pela Liga Independente dos Grupos Oficiais do Carnaval de São Vicente, que já vai no seu terceiro ano de organização.
Os organizadores estimam que entre 25% a 50% da ilha está diretamente envolvida na organização do carnaval. Os seis grupos oficiais de carnaval têm um total de 4.000 a 5.000 membros, mas haverá desfiles para vários grupos não oficiais, incluindo todas as escolas da ilha, professores e alunos, sendo que, este ano o Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas irá atribuir o Prémio Kakoy para o melhor grupo ou apresentações individuais do Carnaval Artesanal 2020.
O referido prêmio, visa estimular o carnaval espontâneo, que em tempos foi considerado o elemento diferenciador do carnaval Mindelense, especialmente, pela criatividade e originalidade das pessoas, que no dia do carnaval se metamorfoseiam e criam objectos e peças dignos de admiração. Também, um dos destaques do carnaval de São Vicente são os “Mandingas”. Estes, participam durante toda a festa, mas o dia totalmente dedicado a eles é o último dia do Carnaval, conhecido como o “Enterro do Carnaval”.
Lubrificados completamente com petróleo, vestindo saias de sisal e carregando lanças, eles são um espetáculo à vista, seguidos por milhares de pessoas no domingo após o carnaval, até enterrarem o caixão com os “restos mortais” do Carnaval no oceano – sinalizando o fim das festividades.
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